GABRIEL HOFFMANN
NATUROLOGIA
A VISÃO INTEGRAL NATUROLÓGICA
A Naturologia se propõe a compreender o indivíduo de forma integral, constituído de várias dimensões ou níveis de consciência que se entrelaçam em espirais dinâmicas holísticas. Tal indivíduo existe em um contexto muito maior do que o próprio eu, pois é parte do Kosmos e interage com todos os seus componentes o tempo todo.
A visão Naturológica de saúde integral vai além de compreender a relação de interdependência entre corpo e mente (mente afeta corpo e vice-versa). Obviamente estão intimamente ligados e influenciando-se mutuamente. Quando vamos à praia e pensamos em relaxar, aliviar o estresse, sentimos o prazer e a alegria do pôr do sol ao mesmo tempo em que ocorre uma “tempestade” de neurônios liberando substâncias associadas ao prazer. Esse fato mostra a relação de interdependência do corpo e da mente.
Porém, também a areia em que pisamos e tudo o mais que existe no ambiente “fora” de nós também está influenciando a saúde (consciência, percepção), gerando diferentes informações sensoriais (cheiros, sons, etc.) influenciando diretamente no produto final da percepção humana. O mesmo vale para a cultura ou visão de mundo, que influencia também diretamente ao escolhermos um passeio relaxante na praia
como forma de nos sentirmos melhor (pode ser um valor que nos foi transmitido e nos identificamos).
Limitar o conceito de saúde integral a interação corpo- mente é um pensamento plano e reducionista, reflexo da inevitável dualidade presente em nosso mundo diário que nos dá a impressão de estarmos “separados” por limites físicos.
Mesmo para os nossos sentidos, não existe a diferença entre o que está “dentro” e o que está “fora”, sendo esta apenas uma maneira de interpretar os dados sensoriais.
Não podemos distinguir aromas “internos” de “externos”, assim
como acontece com os sons de nosso corpo e os estímulos sonoros “fora” de nós. Não estamos separados dos elementos que nos cercam, ao ponto de acreditar que podemos pensar a saúde apenas em termos de nós mesmos. Também fazemos parte de uma consciência coletiva que nos influencia tanto quanto nossa mente e nosso corpo (consciência individual). Essa consciência coletiva não abarca apenas a cultura e a visão de mundo do homem, mas também sua interação com os elementos da natureza a qual somos parte. O meio ambiente não é apenas um meio de sobreviver, mas algo a ser vivido e compreendido como um reflexo do que somos.
Gabriel Hoffmann- Naturólogo
A fim de exercer o cuidado ao ser humano integral, o naturólogo utiliza abordagens que contemplam os diversos aspectos que influenciam a saúde. Para isso, conta com a anamnese integral (questionário avaliativo) que envolve e conecta aspectos físicos, mentais, culturais e sociais.
Além disso, atua articulando as visões de medicinas tradicionais como a chinesa, ayurvédica (indiana) e xâmanica, as quais fornecem um olhar diferenciado na relação do homem com as manifestações de desequilíbrio (doenças). Isso porque essas sabedorias atuam com enfoque na pessoa, considerando-a em toda sua singularidade, para que a intervenção em sua saúde seja a mais eficaz possível.
Todos sabem que o que é bom para um, pode não ser bom para o outro, de modo que em sua atuação o naturólogo clínico parte dessa respeitosa premissa, elaborando sempre um tratamento único para cada pessoa. Ao utilizar técnicas
tradicionais e modernas como ferramentas para o tratamento terapêutico em saúde, o naturólogo facilita o reequilíbrio das funções do corpo e da mente, a expansão da consciência de si mesmo através da auto-percepção, além de proporcionar maior qualidade e bem-estar na forma como experimentamos nossas relações com outras pessoas.
Você não precisa estar doente ou se sentindo mal para procurar um naturólogo, basta que perceba aspectos em sua vida que gostaria de melhorar e ter mais satisfação. Em nossa vida cotidiana, muitas vezes não nos damos conta da importância de dar atenção a nós mesmos e ao maravilhoso fato de estarmos vivendo.
É claro que as dificuldades fazem parte da vida, mas a forma como encaramos e agimos frente a elas determinam o modo como experimentamos o “gosto” de viver.